Ilustração de Isabel Blumenthal
Empoderar, no meu vocabulário, é autoconhecimento, ressignificação, amor-próprio, autoestima, coragem, ação, foco, relacionamento com o outro e tudo mais que nos impulsione ao nosso poder interior feminino. Precisamos reconhecer nossos valores e honrar nossas histórias. E nesse caminho há um monte de quebra de crenças limitantes que nos foram inseridas vindas da cultura patriarcal. Portanto, trata-se de um processo que só com o tempo conseguiremos mudar nossas percepções para, dessa forma, nos acolher, nos fortalecer e entendermos que não devemos julgar, mas respeitar o outro, já que ele tem vivências diferentes das nossas. Nunca pare de estudar, buscar conhecimento, participar de cursos, viajar, porque isso será o teu gás para ir além e para tua autenticidade. Quando você descobrir os teus valores e propósitos, tudo muda e ninguém mais te segura.
E fica tão mais bonito quando nos propomos a espalhar isso para outras mulheres. Como? Que tal apoiar aquela mulher ali do teu lado que precisa de um empurrãozinho para sair da zona de conforto ou aquela que não faz a mínima ideia do mulherão da porra que ela é. Somos muito poderosas, mas juntas somos puro amor.
Esta lapidação é fundamental para criarmos raízes interiores e voarmos com um lindo propósito. Mas será que não fica faltando algo aí que também se perdeu em nossas criações patriarcais? A sexualidade feminina. Sabemos que nossa educação, cultura e tudo mais que nos construiu como seres humanos têm grande influência no comportamento sexual.
Ilustração de Rosalyn Yoon
A cultura de pecado e culpa foi sempre evidenciada para nós mulheres, como se numa relação sexual não pudéssemos ter atitude e muito menos prazer. Isso trouxe muita frustração e desconhecimento dos nossos corpos. Muitas mulheres até hoje não conhecem o seu próprio corpo. Como você vai saber o que gosta? Como vai se soltar em uma relação se você se sente uma pecadora? Como vai mostrar para seu parceiro o que quer se nem você sabe o que quer? Os homens se conhecem como ninguém e, por isso, a facilidade em ter orgasmos, por exemplo. Temos muitas zonas erógenas (áreas ricas em terminações nervosas que podem causar sensações variadas e intensas quando estimuladas) pelo nosso corpo, lugares que você nem imagina e que podem ser uma fonte de prazer. Como fazer isso? Não há segredo, como tudo, precisamos da teoria e da prática. Toque-se, use algum sex toy (indico o vibrador bullet), se conheça, busque artigos, livros, vídeos que falam sobre o autoconhecimento do corpo. Em quatro paredes vale tudo. Tudo que não te agrida, simples assim. Permita-se ir além, será libertador. Afinal, seu corpo é um templo, trate-o como tal.
Ilustração de Petra Eriksson
O que o empoderamento feminino e o empoderamento sexual têm em comum? Para nos tornamos empoderadas, nos dois casos, precisamos de autoconhecimento, para depois sabermos o que somos e o que gostamos.
No entanto, para isso tudo você precisa trabalhar seu ponto C. Ponto C? Seu cérebro. Ele não sabe o que é certo e errado, se você disser a ele que é capaz, tenha certeza, ele acreditará! Lembre-se, você está no comando dos seus pensamentos. E C de coração, ali está tudo o que você precisa para descobrir esse poder feminino. Não tenha medo de ser quem você nasceu para ser, que se dane a opinião dos outros, se faz sentido para você, se joga guria!
Texto por Rossana Freire @rossanafreirecoach
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