Pós-luxo e o consumo consciente

Consumo consciente Era do Acesso Pós-luxo

A transformação começa quando as pessoas se cansam do luxo pelo luxo, do consumo vazio de significado e buscam produtos que tragam outros valores agregados. Esse mundo inclui peças feitas à mão, fornecedores especiais e pequenos produtores. Ingredientes que venham de uma fonte o mais próxima possível: isto, sim, é luxo. Há muito tempo que o luxo deixou de ser caviar, foie gras ou lagosta.

As pessoas consomem luxo por motivos que são divididos em dois grupos: os externos e os internos. Eu posso beber um champanhe numa balada e postar foto com a garrafa. Nesse caso, estou consumindo por motivos externos. Ou beber na minha casa, por puro prazer. Nesse caso, os motivos são internos. É o que chamamos de extra-values e intra-values. O pós-luxo seria o consumo dos intra-values.

O pós-luxo se relaciona mais a uma memória do que a uma compra. É um investimento, antes de ser um deslumbre. O après luxe atrai, em princípio, aqueles que têm condições financeiras para bancá-lo e que gostam de viver experiências além do materialismo. Para se encaixar nessa categoria, produtos passam por filtros de qualidade rigorosos, os quais incluem atemporalidade, inventividade, valor justo, autenticidade e propósito maior. Alfaiates modernos e objetos assinados como cadeiras, mesas, estantes etc são bons exemplos.

Os maiores consumidores do pós-luxo são os millennials. Também conhecidos como geração Y, os millennials representam os nascidos entre o período da década de 1980 até o começo dos anos 2000 — apesar de haver algumas divergências entre os estudiosos sobre a data. Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica, vivendo em ambientes altamente urbanizados. Presenciaram o nascimento de uma das maiores revoluções na história da humanidade: a internet. Eles representam hoje 25% dos consumidores de luxo, esse número deve chegar a 45% em 2025.

A ERA DO ACESSO

Nesta sociedade do acesso, caracterizada por atualizações, inovações e customizações em um ritmo cada vez maior, os ciclos de vida dos produtos são cada vez mais curtos, tornando os bens obsoletos cada vez mais rapidamente. O autor também ressalta que as empresas estão terceirizando suas atividades, reduzindo estoques, alugando equipamentos, vendendo ou alugando imóveis.

Ter propriedades, na era do acesso, torna-se então muito oneroso e trabalhoso, portanto, compra-se o direito de usar um bem ou uma experiência por um tempo determinado. Emerge uma era onde se paga por redes de acesso a experiências (as músicas que queremos, as informações que desejamos, as experiências de lazer, cultura e entretenimento). A população gasta tanto no acesso de experiências culturais quanto na aquisição de bens materiais

Os avanços tecnológicos e o advento do acesso tornaram possível uma nova forma de conduzir os negócios, a “abordagem em rede” à vida econômica. Uma das maiores transformações foi a mudança do comércio primário do espaço geográfico para o ciberespaço. Enquanto na economia baseada no espaço geográfico os vendedores e compradores trocam bens e serviços, onde a meta é transferir a propriedade; no ciberespaço, servidores e clientes (fornecedores e usuários) trocam informações - onde a meta é fornecer acesso. Mais do que nunca toda essa revolução (tecnológica e de comunicações) causada pela Era do Acesso não poderia deixar de causar grandes mudanças no comportamento das novas gerações. Uma geração para a qual o acesso já é uma forma de vida, onde estar conectado é mais importante do que a propriedade. O que importa hoje são as informações, as ideias. Ideias na forma de patentes, direitos autorais, marcas registradas, segredos comerciais e relacionamentos estão sendo utilizadas para construir um novo poder econômico composto de mega-fornecedores no controle de amplas redes de usuários.

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